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As gerações de alunos de Geraldo Labriola


“Cada coisa tem seu tempo”. É assim que Wagner Rocha, artista visual, resume o aprendizado da experiência com a Ourivesaria. “Sentar numa bancada é um ganho pessoal: você vê que tudo tem um processo e que cada etapa tem um tempo, não dá para atropelar, se fizer algo mal feito, o passo seguinte vai denunciar o erro do anterior”. A metáfora tem a ver com a memória afetiva de Wagner e seus experimentos - que garantiram a amizade com o ex-professor Geraldo Labriola, de quem virou amigo pra vida. O artista foi, na realidade, o primeiro aluno de Geraldo, que na época nem pensava em ser professor. “Eu fazia faculdade e tinha amigos em comum com o Wagner. Ele era desenhista e passou a fazer algumas criações para eu produzir. Em troca, comecei a ensiná-lo a executar os desenhos. Só muitos anos depois eu passei a dar aula em escola, mas tenho o Wagner como meu primeiro aluno!”, relembra Geraldo.


Na memória e no papel: Wagner ainda guarda alguns desenhos de joias feitos há quase 30 anos.

Na memória e no papel: Wagner ainda guarda alguns desenhos de joias feitos há quase 30 anos.

A parceria na ourivesaria terminou e Wagner acabou seguindo outros caminhos artísticos, mas, sempre que podem, ele e Geraldo se encontram e relembram as boas histórias da vida. Aliás, agora eles têm um outro elo, que vem celebrar tantos anos de amizade: Isabela Messias, filha de Wagner, ingressou no curso de Joalheria Artesanal do Ateliê Labriola e está seguindo os passos que um dia foram do pai. Aos 18 anos, Isabela cursa Moda no Senac e resolveu aprender ourivesaria pela importância que vê no processo de criação - seja de roupa ou joia. “Se você sabe como uma peça é produzida, você pode desenhá-la com mais autonomia e conseguir um resultado melhor”, explica.


Ciclo da vida: Wagner e Geraldo agora vêem Isabela dar os primeiros passos na ourivesaria.

Ciclo da vida: Wagner e Geraldo agora vêem Isabela dar os primeiros passos na ourivesaria.

Orgulhoso, Wagner sabe que a experiência só deve enriquecer o olhar da filha. “O ganho estético é super válido, porque é um exercício importante para quem quer trabalhar com arte, moda ou artes plásticas”. Já Geraldo faz a linha “tio coruja”: “é uma alegria ter a Isa aqui e poder ensiná-la!”.

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