A lapidação dos diamantes Há pouco tempo nós falamos aqui no blog do Ateliê sobre as cravações de Diamantes, as pedras mais cobiçadas da alta joalheria. Hoje vamos contar um pouco sobre os processos de extração e lapidação dessas gemas preciosas.
A extração de diamantes era feita à mão em poços cavados em paralelo às chamadas “chaminés de kimberlito” ou “solo azul” (a rocha matriz do diamante). Aliás, esse processo “manual” garantiu um feito belíssimo: na África do Sul, entre os anos de 1871 e 1908, a extração contínua de uma rocha gigante criou o Big Hole. A cratera, com 500 metros de largura e mais de um quilômetro de profundidade, é a maior feita pelo homem no mundo.
O Big Hole, a maior cratera feita pelo homem do mundo, fica na cidade de Kimberley, na África do Sul.
Nos dias atuais, o processo é feito com máquinas sofisticadas, que conseguem explorar inclusive minas de diamante no oceano.
Uma curiosidade interessante é que apenas 20% dos diamantes extraídos são destinados à joalheria - a maior parte é utilizada na indústria, em instrumentos para a perfuração de rochas, extração de petróleo, cortes de precisão e gravação em cristais e joias.
Vale lembrar que, para ser classificado como gema preciosa, o diamante é analisado a partir dos chamados “4 Cs”: Cut (lapidação), Color (cor), Clarity (pureza) e Carat (peso).
Considerando que a cor, a pureza e o peso são atributos naturais das pedras, a única contribuição que o homem pode dar para valorizar mais as que serão destinadas à joalheria está no processo de lapidação, garantindo que elas alcancem o máximo brilho. O processo passa por 4 etapas: Clivagem (ou serragem), Torneamento, Lapidação e Polimento. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas?
CLIVAGEM (ou serragem) - o lapidário estuda a pedra e marca os lugares que receberão suaves golpes de uma lâmina. O Diamante é preso em uma espécie de “caneta”, que se aproxima de uma serra ou de laser, para ser serrado com todo o cuidado. O processo é delicado e lento: uma pedra de um quilate (com 7mm de diâmetro) leva entre 5 e 8 horas para ser serrada.
TORNEAMENTO - neste processo, o lapidário define qual será o formato final da pedra, realizando, assim, um esboço da lapidação desejada.
LAPIDAÇÃO - é chegada a hora de trabalhar as facetas da pedra, de acordo com o modelo de lapidação esboçado no Torneamento. Numa pedra tão preciosa, tudo é matematicamente calculado, para que o resultado final expresse o maior do brilho do diamante. Aqui entra em cena o rebolo, um disco de aço que tem pó de diamante coberto por óleo e gira entre 2 e 3 mil revoluções por minuto. Encostando com precisão o disco no cristal é que o lapidário forma as facetas da pedra.
POLIMENTO - a pedra recebe o polimento final com outro tipo de rebolo, coberto com pó de diamante ainda mais fino. É nessa hora que é revelada toda a beleza da gema cobiçada: sua capacidade única de refletir luz!
Em sentido horário, o processo de lapidação do diamante: Clivagem (ou serragem), Torneamento, Lapidação e Polimento.
Nos próximos textos aqui do blog você vai conhecer os formatos de Lapidação do Diamante. Não perca! E se você quiser aprender mais sobre o diamante, pedras preciosas e tudo o que engloba o mundo da ourivesaria, confira os cursos do Ateliê Labriola!